Ter alegria no trabalho é a melhor coisa para um ser humano.
Sabe por que?
Por que é nele que você passa a maior parte da sua vida!
E se durante a maior parte da sua vida você tiver alegria, provavelmente vai ter mais saúde e mais motivação.
Nossa rotina comum contém numerosos tesouros e detalhes de nosso dia de trabalho. Desde a ida a empresa até o intervalo do lanche, a hora do almoço, os encontros da tarde, a volta para casa à noite – contém um grande número de dádivas para o nosso espírito, basta que estejamos receptivos a elas.
Eis aqui uma história real para exemplificar o fato.
Uma mulher chamada Julie dirigia um departamento de atendimento ao público em uma companhia de seguros. Devido a cortes no orçamento, além de suas responsabilidades de gerenciamento, ela tinha de passar algumas horas por dia atendendo a enxurrada de chamados telefônicos. A pior parte do seu trabalho, ela me disse, era o toque inesperado do telefone. À medida que transcorriam os dias da semana, ela foi ficando cada vez mais irritada com aquele som. Tentou abaixar o volume, mas se o toque fosse demasiado baixo ela não conseguiria ouvi-lo, o que seria ainda pior.
Certo dia, sem de fato pensar no caso, ela se viu mexendo no botão a fim de diminuir o volume do telefone, no mesmo ritmo em que ele tocava, e, de repente, pensou, “Sou eu que estou fazendo o telefone tocar”. A partir de então, cada vez que o toque mexia em seus nervos, ela se levantava e abaixava o volume do som enquanto o telefone tocava, como se o dedo dela o estivesse fazendo tocar.
- É uma tolice – disse ela. – Mas me faz sentir dona da situação outra vez.
Tendo de enfrentar a irritação provocada pelo telefone tocando, também nos defrontamos com coisas essenciais a respeito de quem somos e de quem queremos ser. O telefone representa tudo o que não conseguimos controlar em nossa vida, tudo o que torna nossa vida imprevisível, confusa e difícil.
Entender que um som não é algo que está fora de nós mesmos, mas algo que está dentro representa uma mudança de consciência que pode levar a um entendimento diferente de quem somos para os outros e de quem os outros são para nós. Desse conhecimento vem a generosidade, a compaixão e a sabedoria.
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